Vai visitar os arredores de Brasília e está querendo conhecer um lugar diferente? A cidade de Pirenópolis, ou simplesmente “Piri”, como muitos a apelidam, é o tipo de lugar que serve como refúgio para renovar as energias e fica logo ali, no coração do cerrado, mais especificamente, a 150 quilômetros da capital federal.
E ela já encantava muitos turistas antes mesmo de ser a estrela do filme “Dois Filhos de Francisco”, onde serviu como cenário e, também, ajudou a contar a história e trajetória da dupla sertaneja Zezé Di Camargo e Luciano, já que se trata da terra natal dos músicos.
A pequena cidade, localizada no interior do Goiás, é mesmo cheia de charme! Pirenópolis apaixona pelas suas preservadas casinhas coloniais e singelas igrejinhas espalhadas por ladeiras e ruas de pedra, além de um centro histórico convidativo, boa comida e cachoeiras para banhos energizantes.
Trata-se de uma verdadeira mistura de cultura, gastronomia e natureza, ao mesmo tempo. E se você se interessou em conhecer melhor a cidade de Pirenópolis, continue a leitura e confira 6 lugares para visitar na sua viagem. Vamos lá?
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História
Apesar de não haver documentos que comprovem tal fato, diz-se que Pirenópolis foi fundada em 7 de outubro de 1727.
Trata-se de um município histórico do interior de Goiás, na região Centro-Oeste, que foi criado pelo minerador português Manoel Rodrigues Tomar (ou “Tomás”, como alguns historiadores o denominam), inicialmente, com o nome de Minas de Nossa Senhora do Rosário Meia Ponte.
As tais minas que deram origem ao nome da cidade foram descobertas pelo bandeirante Amaro Leite. No entanto, na primeira metade do século XVIII, foram entregues ao portugueses por Urbano Couto Menezes, parceiro do conhecido Anhanguera Filho, que, na realidade, se chamava Bartolomeu Bueno da Silva.
Desde então, ainda com o nome de Meia Ponte, o pequeno município consolidou-se como um importante centro urbano entre os séculos XVIII e XIX, por ser um forte ponto de comércio, mineração de ouro e agricultura, com destaque, neste último caso, para a produção de algodão para exportação no século XIX.
Neste mesmo período, a cidade ficou conhecida também como berço da música goiana e, ainda, como berço da imprensa do estado de Goiás, já que foi ali onde nasceu o Matutina Meiapontense, o primeiro jornal da região Centro-Oeste.
E foi apenas no ano de 1890 que o município goiano teve o seu nome alterado para Pirenópolis, isto é, o município de Pirineus, em referência à serra que o cerca. O nome da serra, por sua vez, foi dado por imigrantes espanhóis catalães, por terem achado alguma semelhança – ou simples saudosismo – com uma cadeia de montanhas situada entre a Espanha e França, chamada Pirenéus.
Independente de onde tenha se originado o seu nome, o fato é que a cidade de Pirenópolis chegou a ficar isolada grande parte do século XX e só foi redescoberta na década de 70, com a construção de Brasília, a mais nova capital do país.
Atualmente, Pirenópolis é famosa no mundo todo por seu turismo e, também, pela produção de quartzito, considerada a Pedra de Pirenópolis.
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Agora que você já sabe tudo sobre a origem e história de Pirenópolis, chegou a hora de conhecer 5 lugares para visitar na sua viagem até a charmosa cidadezinha do interior do Goiás. Confira!
1 – Centro Histórico de Pirenópolis
O Centro Histórico de Pirenópolis foi tombado como patrimônio histórico, urbanístico, arquitetônico e paisagístico pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), em 1989. E ele é mesmo encantador!
Lá, você pode apreciar a vista e tirar belas fotos dos casarões coloniais do século XVIII, com janelas coloridas, ladeiras com calçadas de pedras, igrejas (como a histórica Nossa Senhora do Rosário) e espaços culturais (tal como a antiga Casa de Câmara e Cadeia, onde hoje funciona o Museu do Divino, e do Cine Pireneus, que pertencia ao antigo Theatro de Pirenópolis).
E tem muito mais coisas para você conhecer e fotografar, pode acreditar! Você pode passear, sem pressa, pelos cafezinhos, bistrôs, lojinhas de artesanatos e se encantar com o charme da arquitetura colonial, que é super preservada em Piri!
2 – Rua do Lazer
Independente se é alta ou baixa temporada, aos finais de semana, a noite fica agitada na Rua do Lazer (ou Rua do Rosário) em Pirenópolis. Ali, você encontra diversos restaurantes e bares, das mais diferentes especialidades, onde você pode se sentar nas mesas e cadeiras que ficam espalhadas pela rua e degustar daquela boemia.
A rua, é claro, fica fechada para não haver a passagem de carros. Ao caminhar pelas ruas, você pode aproveitar para fazer umas comprinhas pelas lojinhas de prata e artesanato que ficam por ali. As ruas iluminadas por postes de luz amarela e repletas de casas de estilo colonial são perfeitas para um programa a dois. Fica a dica!
3 – Cachoeira do Abade
O que não falta em Pirenópolis são cachoeiras (são mais de 80)! E a mais popular delas é a Cachoeira do Abade. Além de linda, ela possui as águas clarinhas, perfeitas para tirar umas fotos e, o principal, tomar aquele banho revigorante.
Para entrar no local, o valor é de R$ 40, o mesmo preço da maioria das demais cachoeiras de Pirenópolis. Lá perto, existem algumas boas opções de restaurantes e, ainda, algumas redes para se esticar depois daquele almoço e curtir uma preguiça.
4 – Cavalhadas de Pirenópolis
As Festas de Cavalhadas são bastante tradicionais na cidade de Pirenópolis. Trata-se de uma encenação dramática, onde os cavaleiros revivem lutas medievais envolvendo mouros e cristãos.
A apresentação, também conhecida como Festa do Divino, narra a investida do cristão Carlos Magno contra os sarracenos, pertencentes à religião islâmica, a fim de impedir a invasão destes ao centro da Europa. A comemoração folclórica dura três dias (como se cada dia fosse um ato da cena, como no teatro) e acontece um mês e meio após a Páscoa.
A programação também inclui espetáculos de fogos de artifício, a coroação do imperador, procissão de bandeiras e repique de sinos. Durante o evento, os mascarados, que são homens fantasiados com cabeças-de-boi ou de onça, super coloridas, animam os turistas. Vale a pena conferir!
5 – Parque Estadual dos Pirineus
O Parque Estadual dos Pirineus conta com uma área de quase três mil hectares. Lá, após percorrer uma trilha de 15 minutos, você pode aproveitar a paisagem e conhecer rios e cachoeiras, além de uma fauna e flora bem diversificada.
Ao visitar o local, não deixe de ir até o Pico dos Pirineus, que tem 1.385 metros de altitude e de onde você pode apreciar o pôr-do-sol mais bonito do cerrado de toda a região Centro-Oeste. A entrada no parque é gratuita.
6 – Fazenda Babilônia
A Fazenda Babilônia foi construída por escravos no fim do século XVIII e também foi tomada como patrimônio histórico. O local chama a atenção por seus muros de pedra (feitos por escravos) e arquitetura colonial. Lá, encontra-se a capela Nossa Senhora da Conceição, que vale a pena conhecer e tirar umas fotos.
E, além da arquitetura e origem histórica, a fazenda também se destaca pela sua gastronomia, sendo composta por diferentes pratos com receitas típicas da região. Dentre eles, estão mais de 40 quitutes de produção própria, tais como broas, sequilhos, geleias, pamonha frita e pão de queijo, entre outras delícias.
No Café Sertanejo, você pode degustar também pratos como costelinha, linguiça da fazenda, requeijão quente, etc. Para beber, há opções de chás, café, caldo de cana e sucos de frutas.
Gostou de conhecer mais sobre Pirenópolis, o paraíso localizado no Goiás? Então, compartilhe esse artigo com os seus amigos viajantes!
Até a próxima!
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